quarta-feira, 26 de maio de 2010

DEUS, NOÉ, A ARCA E A NOSSA POLITICA...

Não sei se é pela avalanche de escândalos que “soterram” os basileiros que possuem alguma dignidade,ou se por algum outro motivo qualquer,só sei que uma noite destas,depois de ver pela televisão as ultimas proezas destes senhores que alguns teimam em chamar de legítimos representantes do nosso povo(nossos digníssimos deputados,senadores e vereadores),eu me recolhi para dormir.Naturalmente, como acontece com freqüência nestas ocasiões, meu espírito estava revoltado, procurando entender qual a mágica que adotam estas criaturas para poder conciliar o sono, depois de tomarem atitudes tão condenáveis como esta da “influencia de familiares na política do senado”uma das ultimas novidades em matéria de”esperteza”destes senhores que tanto mal causam a este pais cujo povo, merecia melhor sorte (Mas também deveria lutar por ela).Talvez por esta razão, sonhei o que passo a contar para vocês agora:

Sonhei que Deus chamou Nóe (aquele da arca) que morava aqui no Brasil e deu-lhe a seguinte ordem: - Noé estou cansado de esperar que estes políticos tomem jeito. Como isto não acontece, vou criar outro dilúvio. Farei chover de forma ininterrupta sobre o Brasil, por 40 dias e 40 noites, até que tudo seja coberto pelas águas. Os maus serão todos destruídos, mas quero salvar alguns poucos que são justos ( Bem poucos), e também um casal de cada espécie de animal. Para tanto Nóe, preciso que construas – como da outra vez – uma arca de madeira para abrigar meus escolhidos.

Depois de dizer estas palavras, a vóz de Deus se calou. Seis meses depois, Deus entendeu que já era a hora de iniciar a limpeza,e fez com que os trovões rasgassem os céu,e os relâmpagos mostrassem sua luz.

Nóe escondeu-se em sua casa, pois sabia que aqueles eram os primeiros sinais enviados pelo criador para o novo dilúvio. De repente, saindo de entre as nuvens Noé, ouviu a voz de Deus que lhe perguntava:

-Filho, onde esta a arca que lhe pedi?

-Perdoe-me senhor – respondeu o apavorado, – fiz o que pude, mas encontrei dificuldades imensas, o senhor quer ver?:

Primeiro tentei obter uma licença para a construção, mas foi impossível porque alem do valor de tal licença ser enorme, ainda me pediram uma contribuição “voluntária” para o partido que esta no poder. Ai, como estava sem nenhum dinheiro, fui ao banco, em busca de um empréstimo. Mesmo com as taxas pela hora da morte, negaram-me tal empréstimo. Ai o Corpo de Bombeiros exigiu um sistema de prevenção de Incêndios que consegui contornar prometendo um favor para um alto funcionário do governo. Depois, começaram os problemas com o IBAMA para a extração e derrubada das arvores, e embora eu argumentasse que eram ordens suas Senhor, exigiram um “Projeto de Reflorestamento” e ainda um tal de “Plano de Manejo”.

Neste meio tempo senhor, eles descobriram que eu tinha alguns casais de animais guardados em meu quintal. Deram-me uma pesada multa, alem de me ameaçar com uma tal de “Prisão Inafiançável”,ai eu me descontrolei e acabei brigando com o fiscal Senhor,porque para este crime a lei parecia ser até mais branda. A esta altura, resolvi começar a arca “na raça mesmo¨.mas então apareceu o CREA e me multou,porque eu não tinha um engenheiro naval,para supervisionar a construção da arca,e segundo eles ,era preciso.

Se não bastasse tudo isso senhor, apareceu o Sindicato da Construção naval, exigindo que eu contratasse marceneiros indicados por eles, com garantia de emprego por um ano. (A arca levaria apenas três meses para ser construída,então porque um ano?)

Em seguida a Receita Federal me multou alegando “Sinais exteriores de Riqueza”. Finalmente, quando a Secretaria de Meio Ambiente pediu o mapa de impacto ambiental, sobre zona que seria inundada pelo novo dilúvio, forneci o mapa do Brasil. Então, depois de rirem muito, tentaram me internar num Hospital Psiquiátrico. Sorte minha que o INSS estava em greve, senão..

A esta altura Nóe terminou o relato, praticamente chorando... Então percebeu que o céu até então com escuras nuvens. começava a clarear Tomado de alguma coragem, perguntou com voz trêmula:. -Senhor. O que o senhor fará?.Não irá mais destruir o Brasil?

Passaram-se alguns segundos, então a voz poderosa do senhor se fez ouvir dentre as nuvens:

-“Pelo que ouvi de ti,Nóe,não será necessário.Se as coisas continuarem como estão .estes políticos se encarregarão de faze-lo por mim... e ,com toda a certeza,e bem rápido.

12/2/08 Beni Galter

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