quinta-feira, 27 de maio de 2010

O CÃO DE MOZART

Mozart talvez seja o mais popular dos músicos eruditos. Embora sempre cercado pelas maiores dificuldades e tendo vivido uma existência relativamente curta, criou composições alegres e geniais, sendo a sua musica considerada como verdadeira exaltação a vida.

Sem duvida uma ótima maneira de definir a sua obra, é a sentença que diz: “Quando os anjos tocam para Deus, eles executam Bach, mas quando tocam pelo seu próprio prazer eles tocam Mozart”.

Joannes Crysostomus Wolfgangus Theophilus, mais conhecido como Amadeus Mozart, nasceu numa cidade da Autria em 27 de Janeiro de 1756,e conta-se que ainda criança, num domingo, ao voltar da missa ,seu pai Leopold encontra o filho todo manchado de tinta,a rabiscar furiosamente suas folhas de partituras. Antes de repreende-lo, porem, percebeu que o menino acabara de compor um concerto para cravo. “Mas isto não é muito difícil de se executar?”pergunta o pai. Mozart responde que não, e senta-se ao piano para executar a obra com a maior facilidade, deixando boquiabertos o pai e um amigo que estava presente.

Mozart jamais foi a escola ou teve outro professor que não fosse o próprio pai. Aos sete anos já compunha, tocava cravo, órgão e violino, já tinha também tocado para o Imperador Francisco l,que o chamou de pequeno mágico. No ano de 1764 sua família muda-se para Londres, onde Mozart compõe a sua primeira sinfonia. É nesta época que, influenciado por Johann Cristian Bach (filho de Johann Sebastian Bach) Mozart se apaixona pela ópera italiana.

Entre meados de 1765 e final de 1766, os Mozart (pai e filho) atravessam a Europa: Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Suíça e Alemanha. No ano de 1768, já de volta a Viena, compõe sua primeira Opera bufa “La Finta Semplice”, nesta época ele tinha apenas 12 anos. No ano seguinte viaja pela Itália, fazendo muito sucesso entre os italianos. Na capela Sistina, Mozart ouve um dos corais mais celebres de toda a Europa, o Miserere, de Allegri, cuja composição era guardada em segredo, sendo os próprios cantores impedidos de transcreve-la, sob pena de excomunhão. Ouvindo-a apenas uma vez, Mozart memoriza as nove vozes e as coloca na pauta. Quando todos esperavam o contrario, o Papa parece não se incomodar e ainda lhe concede o titulo da “Ordem da Espora de Ouro”.

Aos 16 anos de idade, Mozart já havia composto mais de 200 obras musicais da melhor qualidade, demonstrando um grau de genialidade em suas composições.

Fascinado pelo mito do eterno amante, Mozart compõe muito e se inicia numa vida amorosa desregrada. Em 1781 retorna para Viena e casa-se com a terceira filha da família Weber, cujo nome era Constance.

O casamento duraria nove anos e meio, até sua morte, que ocorreu nas primeiras horas do dia 5 de Dezembro de 1791. Ele tinha 35 anos de idade, tendo alguns considerado um milagre ele ter chegado a esta idade, pois pela vida desregrada que levava já havia tido as piores doenças da época.

Quando morreu, chovia muito e estava sozinho com a esposa, já muito doente. Quatro homens foram contratados para levar o caixão até o cemitério, no que foram seguidos apenas pelo seu cão, que uivava muito. Depois que os coveiros se afastaram, o cão deitou-se sobre a cova, e ali ficou, uivando, até que morreu.

Dias depois, a viúva procurou a sepultura, mas ninguém soube informá-la qual seria, apenas um dos coveiros lembrou-se que o cão havia morrido sobre ela, mas depois foi retirado e atirado ao lixo.

Deste modo, não se soube jamais, onde foi enterrado o grande músico. Tudo porque, comentou um dos seus biógrafos, um cão mostrou uma sensibilidade humana, quando cada amigo de Mozart procedeu como um cão.

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